TEATRO
'Te Amo, São Paulo' intimida, diverte e emociona em nove peças
Espetáculos curtos dirigidos por Alexandre Reinecke, Caco Ciocler, Kleber Montanheiro, Roberto Lage e Zé Henrique de Paula conquistam e encantam o espectador
Por Dirceu Alves Jr. | 10/11/2010

Sátira ao suspense: Carol Bezerra e Eduardo Estrela em 'Vão Livre'
por Carol Veronez
No cinema, os filmes 'Paris, Te Amo' (2006) e 'Nova York, Eu Te Amo' (2009) retrataram o cotidiano das duas metrópoles em episódios. Recurso fácil para cativar espectadores, a fórmula chega aos palcos em Te Amo, São Paulo, coletânea em cartaz no Teatro Folha com nove histórias criadas por dez dramaturgos. Irregular no início, a montagem intimida. Mas, conforme avança, as peças curtas dirigidas por Alexandre Reinecke, Caco Ciocler, Kleber Montanheiro, Roberto Lage e Zé Henrique de Paula conquistam e encantam o espectador.
Pouco inspirado, o dramaturgo Mário Bortolotto abre com 'A Última Vez que Te Matei'. Na sequência, 'O Amor em Conta-Gotas', de Sérgio Roveri, e 'Bênção', Mãe, de Dib Carneiro Neto, garantem empatia graças ao elenco. Escrita por Becky e Isser Korik, 'Consolação' apresenta um inusitado contraste de dois casais. Logo, a plateia passa a torcer pela dupla nada romântica de 'Beijo no Rosto', de Marcelo Rubens Paiva, e se surpreende com a virada trágica de 'Eu Sei que Você Vem'. Essa é a melhor das peças. Escrita por Walcyr Carrasco e dirigida por Zé Henrique, traz a atriz Amazyles de Almeida na pele de uma mulher que narra a relação com o pai.
Também emotivo, 'Cine Bijou', de Mário Viana, ganha encenação de Lage e trata do encontro de um homem (Eduardo Leão) com um suposto michê (Marco Aurélio Campos, o melhor ator do projeto). Humor e ironia marcam os episódios finais. 'Vão Livre', de Fábio Torres, brinca com a estética noir, e 'Hora da Batida', de Marilia Toledo, faz uma crônica sobre moral e corrupção. Carol Bezerra, Eduardo Estrela, Haroldo Ferrary e Melani Halpern completam o elenco.
AVALIAÇÃO ✪✪✪
AVALIAÇÃO ✪✪✪
Nenhum comentário:
Postar um comentário